Guardiãs da vida e do ciclo perpétuo do nascimento das plantas, as sementes, embora pequenas, são de um enorme potencial energético e nutricional.
Alimentavam-nos nos tempos primordiais e foram esquecidas durante muito tempo, mas, agora, as sementes e bagas “voltaram” novamente às nossas mesas. Fontes de proteínas, fibra, minerais e vitaminas, com propriedades antioxidantes, diuréticas ou anti-inflamatórias, muitas delas são consideradas super alimentos.
Conheça as propriedades de algumas sementes e bagas e saiba como pode incluí-las na sua alimentação.
Sementes de Chia
Considerado um superalimento, as sementes de chia (Salvia hispanica L.) são originárias do México e eram já utilizadas como alimento pelos povos das antigas civilizações da América Central como os Maias. São ricas em fibras, proteínas, antioxidantes, vitaminas, minerais e ómega-3. Entre os benefícios destas sementes estão o fortalecimento do sistema imunitário, as propriedades anti-inflamatórias. Por ser uma fonte de fibras solúveis, a chia irá formar um composto gelatinoso no estômago, tornando a digestão mais lenta, resultando num estado de saciedade maior, redução do apetite e melhor e maior controlo quanto às porções de alimentos a ingerir, auxiliando no controlo do peso.
Como consumir: Não precisam de ser cozinhadas antes de serem consumidas. Podem ser colocadas, por exemplo, em saladas ou junto com o iogurte.
Originária da Ásia, a linhaça (Linum usitatissimum) é a planta da qual provém do linho. As suas sementes são ricas em fibras e fonte de ómega 3 e ómega 6, conhecidas como gorduras boas por ajudarem a prevenir doenças cardiovasculares. Devido ao alto teor de fibras são também a aconselhadas para quem sofre de prisão de ventre. Rica em fitoesteróis e isoflavona, a linhaça irá ter uma acção de suavizar os efeitos da menopausa e tensão pré-menstrual, tendo uma acção semelhante ao estrogénio.
Como consumir: Não mais do que duas colheres de sopa por dia. As sementes devem ser trituradas e podem ser misturadas, por exemplo, com sumos de fruta ou com papas de aveia, sendo também muito usadas em receitas de pão e pizas.
As sementes de sésamo são ricas em cálcio, fósforo, ferro e vitaminas do complexo B. São muito usadas para regular o trânsito intestinal e as suas propriedades favorecem o combate a doenças ósseas e têm propriedades que favorecem o bom funcionamento do sistema nervoso central.
Como consumir: Podem ser usadas para fazer leite vegetal depois de hidratar e bater as sementes com água. Ficam bem em receitas de pão e são usadas para panar peixe, conferindo-lhe uma textura crocante.
Originário da América do Norte, o girassol era cultivado pelos índios para a sua alimentação. Ricas em ácido oleico, as sementes de girassol reduzem o risco de doenças cardiovasculares e de colesterol elevado, além de serem fonte de vitamina E, um importante antioxidante que retarda o envelhecimento das células e dos tecidos. Outros nutrientes presentes na semente de girassol são o magnésio e o selénio.
Como consumir: São consumidas cruas e sem casca. O sabor não é muito forte, pelo que podem ser adicionadas em iogurtes e saladas, bem como em refogados e arroz.
As sementes (pevides) de abóbora estão associadas a um bom funcionamento da próstata e têm propriedades anti-inflamatórias uma vez que tornam pH do sangue mais alcalino. São também antioxidantes pelo facto de conterem vitamina E e vitamina C, além de diuréticas.
Como consumir: Podem ser cozinhadas no forno (15/20 minutos) apenas temperadas com sal e comidas assim ou misturadas numa salada.
Provenientes do Noroeste da China e do Tibete, as bagas de goji (lycium barbarum) são vermelhas e doces. São um dos frutos mais ricos em nutrientes: possuem 18 aminoácidos e 21 minerais, pelo que são consideradas um superalimento. Em termos de saúde, estão associadas ao retardamento do envelhecimento, ao fortalecimento do sistema imunitário, ao alívio da dor e à redução do colesterol.
Como consumir: As bagas goji podem ser comidas sozinhas (como as passas de uva), adicionadas ao arroz, aos iogurtes, cereais de pequeno-almoço ou à massa do pão e dos bolos.
Têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias muito relevantes, sendo apontadas como eficazes, entre outros, no combate ao envelhecimento, redução do colesterol e prevenção do cancro. Mas o grande trunfo (conhecido) deste fruto é mesmo a prevenção das infecções urinárias (cistites): está comprovado que as propriedades anticépticas do arando vermelho modificam a aderência da bactéria Eschericha Coli (principal causa das cistites) às paredes do trato urinário, diminuindo assim a frequência das infecções.
Como consumir: Podem ser comidas sem nenhum acompanhamento, mas também são óptimas para fazer compotas, tartes ou sumos naturais.
O Cânhamo tem origem na China sendo a sua maior riqueza a nível de ácidos gordos e aminoácidos essenciais, pelo que o torna numa fonte proteica vegetal e de ómega 3 e 6 de excelência. O seu consumo em cru, tornam-na de fácil digestão, uma vez que a proteína em cru apresenta enzimas que auxiliam na digestão, aumentam a energia e tem acção anti-inflamatória. Para além disso, é rica em nutrientes essenciais como fitoesteróis, beta-caroteno, fibras, ferro, fósforo, niacina, riboflavina, tiamina e vitaminas antioxidantes como a A e a C.
Como consumir: Podem consumidas em cru em saladas, iogurtes ou em cereais de pequeno-almoço.http://saude.pt.msn.com/
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